O ditado popular “É nos pequenos frascos que se guardam as grandes essências”, usado para mensurar características que diferenciam algumas pessoas, pode ser aplicado à farmacêutica Sandra Aparecida Sabbagh Berretari, especialmente no quesito conhecimento profissional.
A figura mignon da farmacêutica se contrapõe ao grande conhecimento que tem sobre os meandros da profissão que exerce há 19 anos na Beneficência Portuguesa, onde é responsável pela Farmácia Hospitalar, setor de extrema importância para o bom funcionamento de uma unidade de saúde, especialmente, em se tratando de um complexo hospitalar.
Sandra Berretari é uma entusiasta da profissão, destacando constantemente a importância de uma farmácia hospitalar e de seus funcionários, do farmacêutico ao aprendiz, passando por outros, alheios ao mister dos medicamentos, como funcionários da limpeza e pelo elo de ligação entre farmácia e alas, os funcionários responsáveis pela entrega dos medicamentos os setores solicitantes.
“O trabalho na Farmácia Hospitalar é de equipe e não podia ser diferente, pois o destino final que é o paciente, depende desse conjunto de funcionários que precisa ser atento à prescrição médica. Na Farmácia Hospitalar não se trabalha com dúvidas, tudo tem que ser preciso, por isso a troca de informações é uma constante, porque nosso trabalho reflete na melhoria e/ou cura do paciente, objetivo principal de toda equipe hospitalar”, diz a farmacêutica, que amplia o eterno sorriso quando fala sobre a unidade em que trabalha.
Diferencial – Responsável pela farmácia da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos que compreende o complexo hospitalar formado pelos hospitais Santo Antônio e Santa Clara, Sandra Berretari ressalta que o grande diferencial entre uma unidade do gênero em uma instituição de saúde e uma aberta ao público em geral, está no tipo de atendimento à prescrição médica. Enquanto a farmácia de rua atende as pessoas que fazem tratamento médico em casa, a unidade hospitalar atende a prescrição diária do paciente.
“A farmácia, empresa comercial, com base na prescrição médica vende à pessoa, uma caixa (de acordo com a receita médica) do medicamento e ela (pessoa) faz ou dá continuidade ao seu tratamento em casa. Na farmácia hospitalar, atende-se à prescrição médica diária para o paciente que pode ser alterada por ele (médico) de acordo com a evolução ou não do tratamento. Por esta razão, a atenção 24 horas com relação ao nome do paciente e à prescrição é imprescindível no setor, especialmente porque, mesmo mantendo o medicamento o médico pode alterar a dosagem. Independentemente desse diferencial, a importância dos dois tipos de farmácias (comercial e hospitalar) é inconteste à saúde da população”, explica a farmacêutica que destaca o fator atenção intrinsicamente ligado à responsabilidade.
Atenção – “Leitura de código de barra, os diferentes tipos de medicamentos, dosagens, etc… fazem parte da rastreabilidade diuturna da farmácia hospitalar que envolve entre outras situações, embalagens e terminologia para que uma dose do remédio saia da unidade com destino às alas e outros setores, entre eles Pronto Socorro, repouso e outras unidades de tratamento. Essa rastreabilidade envolve um processo extenso porque leva em consideração, também, fatores relevantes como temperatura adequada ao medicamento e o trajeto que o mensageiro ou entregador deva seguir para agilização e otimização do atendimento” conclui Sandra Berretari.
Sempre muita atenta aos pormenores desse setor estratégico no complexo hospitalar da Beneficência Portuguesa, Sandra encara o grande desafio de gerenciar o setor, classificando todos os itens, do esparadrapo ao mais dispendioso produto, com o mesmo olhar, pois todos têm, guardadas as devidas proporções, igual importância para quem os tem receitados.
Todo o serviço de provisão, estocagem e distribuição de medicamentos, obrigatoriamente é supervisionado pelo farmacêutico que para a chefia de uma farmácia hospitalar precisa além dos conhecimentos técnicos sobre medicamentos e produtos para a saúde, o domínio de gerenciamento, pois junto com sua equipe, implementa melhorias administrativas no setor, para que o medicamento como instrumento de saúde cumpra sua função.
(Fotos: Hotelaria/SPB)