Na estação mais fria do ano – inverno – quando a permanência em ambientes fechados é prolongada, se torna mais evidente o sofrimento de pessoas acometidas de asma, uma das doenças crônicas mais comuns em todo o mundo. É quando falta o ar, o chiado, a opressão no peito e o cansaço aumentam, e aparecem a tosse seca e o catarro.
A sensação é como se perdesse o chão, e isso acontece, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), com mais de 235 milhões de pessoas no mundo que sofrem de asma, doença inflamatória crônica dos brônquios, que se caracteriza pela inflamação das vias respiratórias.
A asma acomete pessoas de qualquer idade sendo que a maioria dos casos é diagnosticada na infância. As crises (quando os brônquios inflamam), especialmente nesse período de baixas temperaturas e de mudanças bruscas de temperatura comprometem a respiração. Hábitos comuns como fechar a casa, o carro e outros ambientes para se proteger do frio, acabam prejudicando as pessoas pela falta de circulação do ar, especialmente as acometidas pela doença.
Especialistas alertam que é necessário fazer circular o ar no ambiente, deixando uma fresta da janela da casa aberta durante o dia. Essa observação é importante, principalmente no transporte coletivo. Outra dica dos especialistas é a necessidade de as pessoas, especialmente os alérgicos, lavarem as roupas que estão guardadas há certo tempo, antes de usar, porque elas acumulam mofo.
Os médicos ressaltam que as gripes e os resfriados agravam os sintomas da asma e recomendam:
* As famílias de asmáticos precisam ser orientadas a respeito das características da doença e das crises. A informação correta ajuda a reduzir os mitos que cercam a doença e os doentes;
* Combata a azia, que predispõe as pessoas a crises de asma;
* Evite apanhar resfriados e gripes;
* Evite mudanças abruptas de temperatura;
* Exercite-se moderadamente todos os dias. Não cometa excessos. A asma não deve limitar a vida ou a atividade física de ninguém. Caminhar, nadar e pedalar, são atividades muito saudáveis;
* Evite fumaças, gases, cheiros de tinta, de produtos de limpeza ou de higiene pessoal e perfumes porque eles podem ser prejudiciais aos asmáticos;
* Evite o pânico nos momentos de crise;
* Identifique os sintomas iniciais das crises e tome as medidas necessárias para que não se tornem graves;
* Não fume. Evite o contato com fumaça e com fumantes;
* Não tome medicamentos indutores do sono, que usualmente tornam a respiração mais lenta;
* Observe atentamente as orientações do seu médico. Mantenha-o informado sobre todo tratamento caseiro que eventualmente você adote;
* Pratique exercícios respiratórios. Ioga é um dos mais recomendados;
* Se tosse ou outros sintomas não o deixam dormir, eleve a cabeceira da cama com calços ou utilize travesseiros extras;
* Só use broncodiltadores ou outros medicamentos prescritos por seu médico. Evite a chamada medicação caseira;
* Submeta-se a testes de pele para identificar possíveis alergias a alguma substância específica;
* Tome muito líquido. Recomenda-se ingerir de cinco a oito copos por dia. Isso ajuda a diluir a secreção brônquica e facilita a expectoração;
Fatores de risco – As pessoas com asma e seus familiares devem estar atentos aos fatores de risco e desencadeadores de crises, os chamados gatilhos. Os fatores de risco são muitos: entre adultos destacam-se o fumo e no geral, também, a exposição a produtos químicos ou poluentes do ar, em particular as substâncias e partículas inaladas, pólen, mofo, ácaros, pelo de animais, poeiras e até determinados alimentos, como o leite, amendoim e ovos. Além disso, resfriados e gripes, estresse emocional e a prática de exercícios vigorosos podem agravar os sintomas.
Informações sobre a doença é de vital importância para pacientes e familiares, pois instalada a crise, pacientes adultos (e, se crianças, seus pais) podem entrar em pânico, o que agrava o problema. É importante ficar atento às crises porque as principais complicações da asma são asfixia e, por conseguinte, a possível morte na ausência de tratamento adequado.
Importante – Os pneumologistas destacam que é de suma importância que pacientes e familiares atentem para o seguinte: a asma não controlada pode causar sérias complicações. Por esta razão, a consulta médica aos primeiros sintomas da doença e na ocorrência de qualquer febre durante as crises, tosse persistente, respiração difícil, falta de ar e dor no peito é essencial para que o paciente tenha qualidade de vida.
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