Solidariedade é a palavra que define a professora Maria Lúcia Marques Henriques Moraes Coutinho, conselheira da Sociedade Portuguesa de Beneficência, que recentemente foi homenageada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelo seu trabalho voluntário junto a diferentes entidades de ajuda a necessitados.
‘Dona’ Maria Lúcia como é carinhosamente chamada, inclusive por pessoas de idade superior à sua, na sessão solene realizada em 24 de março passado, no Palácio 9 de Julho (sede da Assembleia Legislativa), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (08/03), em breves palavras revelou sua personalidade aos presentes: “ Estou sem palavras, porque esta homenagem não me cabe, uma vez que nada fiz além da minha obrigação” disse a homenageada que faz das palavras de Madre Maria Teodora, seu lema de vida.
“Façamos o bem que pudermos do modo mais oculto possível”
Madre Maria Teodora Voiron, da Congregação São José Chambéry
A homenagem na Assembleia foi iniciativa da deputada Maria Lúcia Amary.
De tradicional família portuguesa na cidade de Santos, Maria Lúcia, filha de Mariazinha Marques Henriques e Sebastião Fernandes Henriques Coutinho, aprendeu com a mãe a importância de se doar aos mais necessitados, seja de afeto ou de bens materiais, e com o pai, a necessidade de encontrar tempo para cumprir tarefas assumidas.
Sócia da Beneficência desde os 11 anos (era tradição das famílias portuguesas adquirir títulos de sócio para os filhos), Maria Lúcia, trazida pelo pai, recebeu sua carteira de identificação na instituição em 15 de outubro de 1957.
“Desde pequena sou fascinada por esse prédio (Hospital Santo Antônio – sede administrativa da Beneficência Portuguesa). No dia em que vim buscar a carteirinha, junto com meu pai, tive a certeza que esse hospital, onde nasci, seria minha eterna paixão”, disse Maria Lúcia que é conselheira na instituição desde 1993.
Integrante de vários clubes de servir e voluntária em instituições de Santos e de São Vicente, entre elas, ‘São Vicente de Paula’ e ‘Lar Vicentino’, aos 67 anos, a conselheira Maria Lúcia Coutinho, para a qual não existe tempo ruim, chova ou faça sol, sozinha ou às vezes, acompanhada de amigas, de 6 a 7 dias por semana está entre os mais necessitados, de crianças a idosos, fazendo jus ao codinome “anjo”, como ficou conhecida a partir da premiação recebida “Indique um Anjo” da TV Globo.
(Foto: Divulgação/SPB)