A Prefeitura de Santos oferecerá mais 28 leitos clínicos voltados aos pacientes do SUS. A previsão é que eles estejam à disposição até o final de setembro, segundo o secretário municipal de Saúde, Marcos Calvo.
Essas vagas estavam previstas para ser disponibilizadas no Hospital dos Estivadores, a partir do segundo semestre do ano passado. Contudo, o complexo só será reativado no início de 2016.
O assunto foi debatido em audiência pública e emergência no Município, promovida na quinta-feira pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde e Higiene da Câmara, o vereador Evaldo Stanislau (PT).
A Baixada Santista e o Vale do Ribeira estão entre os primeiros locais do Brasil a criar a Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) no SUS. PO plano local – que abrange as duas regiões – foi definido em dezembro de 2011.
Essa proposta tem como objetivo articular e integrar os equipamentos de saúde para ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral de uma forma ágil e adequada.
Conforme Calvo, o comando da Secretaria de Saúde na gestão anterior definiu que os 72 leitos do Hospital dos Estivados integrariam à RUE e estariam à disposição no segundo semestre de 2012.
“Assim que assumi, solicitamos imediatamente a revisão da RUE ao Ministério. Paralelo a isso, começamos a negociar alternativas, como agregar a Beneficência (Portuguesa) à rede”, destaca.
Verba
Desde 2012, a Prefeitura vem recebendo da União repasse mensal de incentivo por leitos novos. O montante acumulado está em cerca de R$8 milhões e ainda não foi utilizado.
“Estamos aguardando uma orientação do Ministério para saber o que faremos. Ninguém tem interesse de gastar o recurso para algo que seja equivocado, até porque ele acompanha isso com lupa”, destaca.
Calvo acredita que os outros 44 leitos que estavam previstos para os Estivadores poderão ser instalados na Santa Casa ou na própria Beneficência.
Monitoramento
Ainda segundo Calvo, no último dia 24 um apoiado do Ministério da Saúde veio a Santos monitorar a Santa Casa, que também integra a RUE e terá 38 leitos SUS a mais, sendo oito UTIs. No complexo, foram avaliados 17 itens, sendo 14 deles aprovados.
O complexo necessita melhorar a implantação do acolhimento com classificação de risco, assim como o Núcleo de Acesso à Qualidade Hospitalar. Também precisa reorganizar o processo de regulação para que o torne mais regionalizado já que “da forma que está implantado há dificuldade para os usuários que não são de Santos acessarem o serviço”, diz o relatório do apoiador.
Em relação à ampliação e qualificação de leitos, a unidade terá de melhorar a infraestrutura de enfermarias, devido à ausência de banheiros, o que contraria a normatização vigente.
Fonte: Jornal A Tribuna, edição de 10/08/2013 – Caderno A, página 3