Uma plêiade de poetas, trovadores e admiradores do médico e poeta Martins Fontes se reuniu no salão nobre da Sociedade Portuguesa de Beneficência (SPB) para a abertura da 17ª Semana Martins Fontes. Através da parceria entre a Academia Santista de Letras (ASL) e do hospital a celebração ao santista, um dos dez maiores poetas da Língua Portuguesa, na noite do último dia 17 foi marcada por emoção, homenagens e poesia.
Neste ano o Café Poético com Martins Fontes que acontece na Sociedade Portuguesa de Beneficência desde 2017 ganhou um aditivo a mais, o “Desafio Literário Martins Fontes”, um divertido game, no qual os presentes puderam de forma divertida, testarem seus conhecimentos sobre o homenageado da Semana.
Antes da abertura oficial por Ademir Pestana e Eustázio Alves Pereira, respectivamente, presidentes da Beneficência Portuguesa e da Academia Santista de Letras, acordes da mundialmente conhecida canção “What a Wonderful World” celebrizada nas vozes de Luis Amstrong e Nat King Cole, “invadiu” o salão ao som do violino do jovem e talentoso maestro santista Rômulo Moreira, que deu passagem para o vídeo com uso de Inteligência Artificial (IA) produzido pelo acadêmico Leonardo Delfino. O audiovisual apresentou Martins Fontes (o busto do poeta) citando as duas entidades responsáveis pelo evento e ressaltando o seu mais conhecido soneto, “Como é bom ser bom”.
Desafio Literário – A plateia dividida em 2 times: lado A e lado B, após conhecer a regra do jogo entrou no clima da brincadeira (game composto por onze perguntas relacionadas à vida e à obra de Martins Fontes). Cada time escolheu um coordenador e nesse quesito o coordenador do lado B, Ademir Pestana, levantou a plateia, com brincadeiras em saudável provocação ao outro ‘time’.
Entre uma pergunta e outra no telão, poesias de Martins Fontes se sucediam, apresentadas por Ademir Pestana, pela acadêmica Regina Alonso que recebeu da Beneficência, um diploma em reconhecimento à sua participação no evento, desde as primeiras edições. A poetisa Carolina Ramos, acadêmica centenária (recentemente completou 100 anos) declamou tributos de sua autoria a Martins Fontes, do qual, ainda na tenra infância foi sua paciente. Na ocasião foi homenageada pela diretoria da Beneficência Portuguesa que recebeu dela, outro presente, um exemplar do seu livro de poesias “Destino” que entre tantas pérolas apresenta uma trova saudando o hospital.
Depois declamaram, Flávio Viegas Amoreira, acadêmico, curador da Casa de Cultura de Santos, que além da poesia, fez uma tocante saudação ao médico e poeta; o Duo Pesquisa & Poesia formado por Edson Santana do Carmo (curador do Museu Virtual da Cosipa) e pelo acadêmico Peilton Sena; Márcia Gouveia (Rotary Clube As Caiçaras de São Vicente); Maria Zilda da Cruz, presidente da Academia Feminina de Ciências, Letras e Artes de Santos; Eustázio Alves Pereira, presidente da Academia Santista de Letras; a arte educadora Cláudia Alonso (coordenadora do Projeto Tam Tam) e Elson Dias Sterque Jr., presidente do IHG de Praia Grande. Ao final, a plateia em coro, declamou o soneto mais conhecido de Martins Fontes, “Como é bom ser bom”.
O evento contou ainda com a participação da atriz Ana Maria da Silva que interpretou Dona Nísia (vendedora de queijadinha e amiga de Martins Fontes) no filme “Como é bom ser bom” dirigido pelo
cineasta Carlos Oliveira que foi homenageado pela Beneficência pela parceria no Café Poético desde a primeira edição. As famosas queijadinhas entraram como prêmio aos vencedores do game.
Teve também, a performance da bailarina Tatiana Justel, dando movimento à canção portuguesa “Se voares mais perto” do compositor português José Afonso, na voz de Dulce Pontes. Ela dançou ressaltando o lado defensor do meio ambiente de Martins Fontes que contemplava a harmonia da natureza e do universo. Seus movimentos leves como de uma andorinha sugeriam resistência e a busca harmoniosa pela liberdade sem agredir a natureza.
O Café Poético bem ao gosto de Martins Fontes (café acompanhado de sequilhos e até bala de alfiniz) foi servido no terraço principal da Beneficência Portuguesa, onde Dr. Martins Fontes (23/06/1884 – 25/06/1937) trabalhou como médico e veio a falecer.
Entre os presentes, Carlos Roberto da Cunha Sola, da família de Martins Fontes. Outro descendente da família do homenageado, Fábio Melo Fontes esteve representado pelo jornalista José Rodrigues. Também presentes, Carlos Alberto Limas, Maria de Lourdes Santos e Dr. Mario Cardoso Filho, diretores da Beneficência e a vice-presidente do Conselho Deliberativo do hospital, Marli Dinis Ferreira; Elizabeth Cury Watanabe presidente da Academia Itanhaém de Letras; Eleir M. Cordeiro, da Associação Amigos da Polícia Civil; Antônio Carlos Desidério de Oliveira, diretor Cultural da Sociedade Humanitária de Santos; Arlindo Salgueiro e José Geraldo Barbosa. ambos do Movimento Pró Memória José Bonifácio; Rosa Moretti, presidente do Clube 21 Irmãos Amigos; Luiz Alberto Ferreira, vice-presidente do Elos Clube de São Vicente; Paulo Eduardo Costa, presidente do IHGSV; Eraldo José dos Santos, vice-presidente do Elos Clube Santos Noroeste; Cláudio Coelho da Silva, da Loja Maçônica Castro Alves; Prof. Clóvis Pimentel Jr, diretor da Associação dos Combatentes de 1932 e Ling Chiou representando a Academia Vicentina de Letras, Artes e Ofício de São Vicente.
A Semana Martins Fontes organizada pela Academia Santista de Letras se estende até domingo dia 23, encerrando com a Missa em homenagem ao poeta e em comemoração aos 68 anos da Academia. Aberta ao público, a missaserá realizada na Capela Santo Antônio do Hospital Beneficência Portuguesa (Av. Dr. Bernardino de Campos, 47, 1º andar – Vila Belmiro).
Confira fotos do Café Poético