A Sociedade Portuguesa de Beneficência, uma casa de origem portuguesa com certeza, realiza na próxima terça-feira (25), às 19h, no Salão Nobre da instituição, cerimônia em celebração aos 49 anos da Revolução dos Cravos, que marcou o início da redemocratização de Portugal.
O tradicional evento que reúne representantes da colônia portuguesa da Cidade e região, tem por objetivo, além de enaltecer a lusitanidade, reavivar na memória, bem como passar às novas gerações a importância da luta pela democracia e manutenção dessa conquista, e ainda, rememorar a Revolução dos Cravos, movimento que embora ainda suscite pontos de vista diferentes em parcela da sociedade portuguesa, indiscutivelmente marcou um grande salto no desenvolvimento econômico e social do país chamado de “pátria mãe” do Brasil.
A Programação contará com a participação do escritor, historiador e poeta Flávio Viegas Amoreira que fará a saudação a Portugal, escritoras Teresa Teixeira e Regina Alonso; depoimento de quem viveu a Revolução dos Cravos: Celeste Bio no palco dos acontecimentos (praça central de Lisboa) e Noêmia Serra à distância em Santos. Participam também o Coral do Centro Cultural Português e o Rancho Folclórico Verde Gaio. A exaltação à Lusitanidade estará a cargo do presidente da Beneficência Portuguesa, Ademir Pestana e ao final, degustação do “Patê de Abril em 3 Tempos”, iguaria criada pelo Chefe de Cozinha do Hospital, José Nascimento, em alusão à senha combinada para a deflagração da Revolução com o surgimento repentino dos manifestantes no Terreiro do Paço (Praça do Comércio), nas ruas, nos quarteis…
A Revolução dos Cravos, um dos mais importantes acontecimentos históricos da década de 70 foi marcada pela música e pela união de civis e militares. Os portugueses não suportavam mais as consequências da ditadura que durava 41 anos, e com apoio das Forças Armadas iniciaram as manifestações. Aos 20 minutos da madrugada de 25 de abril de 1974, através de uma emissora de rádio, uma senha, levou o povo às ruas de Lisboa, onde ao final do dia o golpe militar com apoio do povo dava início a instalação da Democracia Portuguesa.