Lesões – Parte 2 Atenção às infecções

Nesta segunda matéria sobre “Cuidados com feridas” em que a enfermeira Luciana Veras (foto), responsável pela Central de Curativos do Hospital Beneficência Portuguesa (HBP) orienta sobre a importância de cuidar de forma adequada para evitar que uma lesão simples se torne complexa acarretando uma série de consequências. E lembre-se, procurar atendimento profissional quando a ferida se torne complexa para cuidados em casa. Ou seja, cuidados e atenção são essenciais para a cura sem complicações. Na abordagem de hoje, a especialista orienta quais os sinais de atenção nos cuidados com as feridas.

Sinais de atenção:
– Atentar para mudança na coloração da ferida para acinzentada ou enegrecida;
– Se apresentar inchaço ou vermelhidão na ferida ou na região em torno dela;
– Se a ferida apresentar saída de secreção de coloração amarelada ou amarelo-esverdeada;
– Se observar mau cheiro saindo da ferida.
Estes sinais são um norte para você procurar imediatamente atendimento médico.

Luciana Veras explica que ferida é uma porta aberta às infecções.
“Há muitos mitos em relação a manter a ferida aberta para tomar ar. Muito pelo contrário a ferida aberta se tornou uma porta aberta para entrada de agentes externos, por isso se faz necessário a oclusão com curativo para proteção do local.

Higienização do local
Sempre manipular a ferida com luvas.
“As lesões crônicas de difícil cicatrização devem ser lavadas somente com soro fisiológico, e protegidas durante o banho evitando contato da água com sujidades do corpo. Após o banho retirar a proteção e realizar o curativo em ambiente limpo arejado e longe de animais domésticos. Caso não esteja notando evolução na cicatrização da ferida, procurar atendimento profissional o mais rápido possível.
Importante ressaltar que o tratamento indicado para uma pessoa com ferida pode não ser o indicado para outra. Isso porque as feridas possuem estágios de cicatrização e necessitam ser avaliadas por um profissional especialista para diagnosticar em que momento se encontra o tratamento de cada um” conclui a responsável pela Central de Curativos do Hospital Beneficência Portuguesa.