“No Hospital Beneficência Portuguesa o uso de máscara continua até que tenhamos segurança porque aqui no hospital a segurança do paciente é prioridade e consequentemente, de todos os envolvidos nas atividades diárias” disse o médico Mario da Costa Cardoso Filho (foto), diretor técnico da Beneficência Portuguesa (HBP), sobre o recente ofício do Conselho Federal de Medicina (CFM) à ANVISA afirmando a inexistência de comprovação da eficácia no uso do equipamento contra a Covid-19.
O documento que contraria as recomendações da comunidade científica e das autoridades nacionais e internacionais, assinado pelo presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, polemizou. A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância rebateu as críticas alegando que “O uso correto da máscara é um ato de proteção individual e coletiva” afirmando que as decisões do órgão são pautadas nas melhores evidências científicas, alinhadas com organizações como o Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Sem querer entrar na celeuma, mas defendendo sua posição como responsável técnico de uma instituição hospitalar por onde, diariamente, circulam centenas de pessoas oriundas das mais diferentes áreas da Baixada Santista e Litorais, Dr. Mário Cardoso ressalta:
“Como gestor técnico de um hospital, fiquei preocupado com a posição do CFM e ao mesmo tempo assustado com a aglomeração geral provocada pelo retorno do Carnaval nas ruas, porque se hoje temos uma situação melhor que a vivenciada nos dois últimos anos com relação à Covid-19, atribuímos isso aos programas de vacinação e das medidas de proteção contra o vírus. E entre essas medidas, o uso de máscaras. Hoje a Covid-19 é um problema de saúde pública razoavelmente controlado, mas não ausente. Ou seja, a pandemia pode ter perdido sua força, mas a doença continua e a única certeza é a de que está matando menos, mas não sabemos se na atual fase deixará sequelas, e de que tipo. Não sabemos o que teremos pela frente após esse período de grandes aglomerações. Entendo que não é hora de descartar o uso da máscara porque ainda estamos aprendendo a conhecer a Covid-19 que surpreende a cada nova variante.”