O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz de forma suficiente, a insulina, hormônio responsável por levar a glicose (tipo de açúcar) até as células, bem como pelo controle de glicemia no sangue.
Quando acontece a falta ou a redução da insulina, o pâncreas fica comprometido, provocando a diabetes que pode ser do tipo 1 ou 2, (os mais comuns) e o gestacional além de outros casos (menos comuns) de origem genética ou uso de medicamentos, entre outras causas.
Tipos mais comuns – Para falar sobre os dois tipos mais comuns de diabetes e suas diferenças, uma breve entrevista com o Dr. Fleuri Gomes de Melo Filho (CRM 163577), gerente médico da Beneficência Portuguesa.
O médico chama atenção para o fato de o Diabetes Mellitus ser uma doença silenciosa, o que significa que se não forem feitos exames médicos, a pessoa pode ter sua condição de tratamento dificultada por só ter conhecimento do real estado em que se encontra, quando a saúde já estiver muito comprometida. Além de evidenciar as diferenças entre os dois tipos mais comuns da doença, alertou sobre sintomas, tratamentos e prevenção.
A entrevista começa com o médico explicando o diabetes “Ocorre principalmente por um defeito na produção ou ação do hormônio insulina, cuja função principal é promover a entrada de glicose para as células do corpo. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto, em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia ou excesso de açúcar no sangue”.
Quais os sintomas do diabetes?
Dr. Fleuri: Sintomas mais comuns de diabetes são: aumento da sede e da frequência urinária, fome constante, cansaço e visão turva, podendo também com a evolução da doença, apresentar mais sintomas associados.
Quais as diferenças entre diabetes do tipo 1 e 2?
Dr. Fleuri: A principal diferença entre os dois tipos de diabetes é a causa da doença. O diabetes tipo 1 é uma doença de origem autoimune, onde anticorpos da própria pessoa agridem as células produtoras de insulina. Normalmente isso acontece na infância ou adolescência. No caso do diabetes tipo 2, que corresponde a aproximadamente 90% dos casos, há uma grande influência genética agravada pela obesidade e sedentarismo, pode ocorrer devido aumento da resistência da insulina periférica ou pela insuficiência progressiva na produção de insulina pelo pâncreas, por isso é mais comum a apresentação em maiores de 50 anos, obesos e sedentários.
Quais são os tratamentos?
Dr. Fleuri: Os tratamentos variam conforme a apresentação da doença, porém para ambas apresentações, tipo 1 e 2, há o benefício de práticas não farmacológicas como atividade física rotineira, dieta controlada e controle de fatores de risco.
Na diabetes tipo 1, como há a falta do hormônio insulina, é necessário uso da insulina para evitar complicações da doença.
No diabetes tipo 2, temos insulina circulante, porém existe uma resistência ou defeito na ação do hormônio, mas existem diversos medicamentos que vão agir em diferentes sítios visando a correção desse “defeito”. Cabe ao médico definir qual classe medicamentosa, ou associação de classes apresentará a melhor resposta avaliando o perfil do paciente.
Como prevenir o diabetes?
Dr. Fleuri: Atualmente no diabetes tipo 1, por tratar-se de uma doença imunológica, não conseguimos prevenir sua incidência, porém o diabetes tipo 2 tem sua prevenção por meio de uma alimentação saudável e balanceada, prática rotineira de exercícios físicos, exames de rotina, cessação do tabagismo e evitar o abuso de bebidas alcoólicas.
Ao final, o médico alerta para a necessidade de hábitos de vida mais saudáveis como alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas, importantíssimos para o controle do peso e à manutenção da saúde. E como se trata de uma doença silenciosa e assintomática, exames preventivos são necessários. (Fotos: Divulgação e Mídias/SPB)
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Muito boa essa entrevista parabéns pra vcs