Com os números considerados assustadores de casos de covid-19 no mundo, não tem como não ficar estressado. Levando-se em consideração que há 7 meses o assunto de maior evidência em qualquer lugar é sobre essa doença infecciosa, até mesmo uma pessoa que demonstra o mais alto nível de imperturbabilidade como o Ricardo Cardoso de Mattos, do Setor de Manutenção da Beneficência Portuguesa, fica abalado.
Quando a pandemia da Covid-19 começou, ele estava no Setor de Patrimônio e como os demais colaboradores da Instituição, exceto os relacionados diretamente à saúde, foi surpreendido com a abrupta alteração de rotina. O setor em que trabalhava (Patrimônio) era próximo a uma ala de internação a chefe do departamento reuniu os colaboradores para passar as informações sobre o novo normal de acordo com os protocolos adotados devido à pandemia. Uso obrigatório de máscara, distanciamento, higienização contínua incluindo o uso de álcool gel e cuidados com o objetivo de evitar a propagação do vírus causador da doença. Toda a orientação recebida no hospital passou a fazer parte de sua rotina e foram repassadas para familiares e amigos.
E agora? Se perguntou Ricardo.
Não tinha como não ficar apreensivo, afinal a mudança de hábitos com certeza atingiria sua família, uma vez que a esposa também trabalha fora de casa. Com quem ficaria seu filho, de 10 anos, cujas aulas presenciais foram suspensas? E quem o acompanharia nas aulas online, mais importante, quem cuidaria dele? E o estresse chegou também para o Ricardo Cardoso de Mattos.
“Pegando onda alivio a tensão”
“De repente tudo mudou. Apesar de ser um grande hospital, a Beneficência Portuguesa com toda atribulação natural de um local como este, tem um clima de aconchego e como acontece nas grandes famílias, os encontros, eventos festivos que fazem com que os laços familiares se fortaleçam. Aniversariantes do mês, palestras, missas, reuniões culturais, homenagens aos funcionários mais antigos e tantas outras manifestações e do dia para a noite tudo foi suspenso.
Como não ficar estressado? Para preservar meu filho, ele se encontra aos cuidados de minha mãe que reside fora da região. O distanciamento de nossos familiares aumenta o estresse, mas precisamos nos adaptar à realidade em que nos encontramos porque com ou sem pandemia a vida continua.
Minha maior preocupação no momento, com relação à pandemia é o relaxamento por parte das pessoas com relação às medidas de segurança colocando em risco o esforço para reduzir a contaminação. No início era muito pavor e à medida que o tempo foi passando, apesar das mortes anunciadas, parece que a população foi se acostumando com o novo normal e relaxando, dando a impressão que a covid-19 não é tão perigosa. Cuidado, precisamos continuar fazendo a nossa parte, pois alguns hábitos deverão ser incorporados no dia a dia. Se deixar fora da casa os sapatos usados na rua e se estiver doente adotar o uso de máscara para preservar as outras pessoas contribuem para nossa saúde, por que não adotar? Se cada um fizer a sua parte o mundo se tornará um lugar melhor.
Para desestressar, surfo, faço caminhada, ando de bicicleta…”
Neste momento interrompemos a narrativa do Ricardo, esse jovem senhor que não se incomoda revelar a idade (55 anos), porque se sente jovem sem associar tempo de vida, e nos conta que surfa desde criança. Acorda cedo e por volta das 7 horas já está no mar prestes a pegar as primeiras ondas e esquecer qualquer situação relacionada à pandemia ou outro tema que possa estressá-lo.
“Surfo desde os 9 anos e de todos os esportes, surf é o meu preferido. Devido ao trabalho, só pego onda nos fins de semana, mas posso garantir que é o suficiente para me desestressar. Além de relaxar, o surf melhora a respiração e a coordenação motora, nos dá mais equilíbrio, além do condicionamento físico. É um esporte individual que lhe ajuda em todos os sentidos, melhorando a qualidade de vida e possibilitando contato direto com a natureza. Surf é o meu antiestresse”
Com o Ricardo, conseguimos entender o real significado da palavra Aloha, tão usada pelos surfistas que é muito mais que um cumprimento, um estado de espírito que buscar em nós mesmos e espalhar para o mundo. O que vem ao encontro de uma frase usada por Ricardo “Se cada um fizer sua parte, o mundo se tornará um lugar melhor”.
Então, ALOHA!!!
(Fotos/Divulgação e SPB)
1 Comment
Aloha brotherzinho…vc é o menino do rio dos anos 70….rs