Setembro é o mês de prevenção ao suicídio no Brasil e o “Setembro Amarelo” é uma campanha criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
O principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, um alerta à população. Para o Setembro Amarelo, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões sobre o tema.
Apesar de o assunto ser delicado é importante falar sobre o suicídio e maneiras como preveni-lo, porque, infelizmente, essa é uma realidade bem mais próxima do que se imagina e que afeta muitas pessoas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza que é importante ressaltar que para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam o ato extremo. A tentativa prévia, segundo o órgão é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral. Atualmente, o ato é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos.
Saúde Pública – Para a assistente social Rosângela Ferreira Teixeira (foto ao lado), da Beneficência Portuguesa, o suicídio deve ser discutido cotidianamente, não apenas por profissionais de saúde, mas por toda a sociedade, pois se trata de uma questão de saúde pública. Uma das grandes preocupações da assistente social com relação ao assunto recai sobre a depressão e o fato de as pessoas se sentirem desamparadas.
“Não se culpe por estar deprimido. Você não está sozinho. Depressão é um assunto seríssimo que afeta muitas pessoas, principalmente nesse momento de pandemia em que estamos passando.
Pode parecer difícil acreditar, mas existem maneiras de aliviar seu sofrimento. Procurar um profissional para “ajudar” a lidar com essa dor, é o certo. Nesse momento de pandemia existem profissionais que dão atendimento online. As redes públicas disponibilizam esses profissionais e há também, os que atendem com valor social. E mais, quem estiver nessa condição, pode entrar em contato com as Faculdade e Universidades da região para informações sobre o atendimento gratuito que disponibilizam. O importante é não deixar de procurar um profissional habilitado para orientação sobre o problema”.
Continuando, Rosângela Teixeira diz que ainda existe muito preconceito com relação a abordagem sobre o suicídio, tema ainda pouco esclarecido e que deve ser abordado de forma aberta e clara, para que a sociedade de modo geral tenha conhecimento.
“Compreendendo o suicídio como um fato social que deve ser discutido como uma questão de saúde pública, o assunto precisa ser abordado como um problema que tem solução e como tal ser orientado ou conduzido verificando todas as possibilidades de prevenção. É preciso estarmos atentos por que depressão não é drama, não é frescura e sim uma doença caracterizada por tristeza profunda e forte sentimento de desesperança. É essencial identificar sintomas e procurar ajuda médica. É importante ter em mente que na vida para tudo se encontra solução”.
Rosângela ressalta que o principal objetivo do Serviço Social é contribuir para o bom atendimento aos pacientes e familiares auxiliando na humanização dos serviços e a ideia de estudar e aprofundar conhecimentos a respeito do tema suicídio se evidenciou a partir do crescimento da demanda a cerca desse fenômeno.