Com o objetivo de conscientizar a população sobre o Autismo, distúrbio neurológico que costuma ser identificado entre 18 meses e três anos de idade, o calendário das Cores da Saúde tem a cor azul designada para identificar o mês de abril.
Autismo é um transtorno de desenvolvimento que afeta a comunicação e a capacidade de aprendizado e adaptação da criança que apresenta dificuldade para interagir socialmente, bem como para comunicar-se e tem comportamento restritivo e repetitivo. Além disso tem grande dificuldade para as relações sociais e afetivas. São pessoas que demonstram viverem muito bem isoladas.
Na Beneficência Portuguesa de Santos que está desenvolvendo um calendário próprio de Cores da Saúde, o mês de abril também é dedicado à campanha de orientação e acompanhamento a portadores do Autismo nos diferentes níveis. Embora na maioria das vezes o distúrbio seja diagnosticado por volta de um ano e meio a três anos de vida, os sinais do autismo às vezes surgem nos primeiros meses de vida.
“Como o autismo não apresenta causas totalmente conhecidas, alguns sintomas evidenciam a presença da doença e todos temos que estar atentos a estes sinais. Alguns especialistas falam que existe uma predisposição genética para a doença, outros acusam como fator, o possível papel das infecções no período de gravidez da mãe, além de fatores ambientais, um deles, a poluição. Como não existe cura para o autismo, quanto mais cedo forem diagnosticados sinais como falta de contato visual, de expressão e desinteresse por interação social, melhores serão as possibilidades para o portador, através de um tratamento eficaz e precoce” ressalta Ademir Pestana, presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos.
Sinais e sintomas – Segundo a Associação Brasileira de Autismo, o diagnóstico precoce ajuda no tratamento da criança e auxilia familiares a conviverem e colaborarem melhor para o seu desenvolvimento e orienta sobre sinais e sintomas que podem ser observados nos primeiros meses de vida.
– Bebês que evitam o contato visual com a mãe, inclusive durante a amamentação
– Choro ininterrupto
– Apatia
– Inquietação exacerbada
– Pouca vontade para falar
– Surdez aparente: a criança não atende aos chamados
– Transtorno de linguagem, com repetição de palavras que ouve
– Movimentos pendulares e repetitivos de tronco, mãos e cabeça
– Ansiedade
– Agressividade
– Resistência a mudanças na rotina: recusa provar alimentos ou aceitar um novo brinquedo, por exemplo
Fatores de risco
– Sexo masculino: o autismo é de duas a quatro vezes mais frequente em meninos do que em meninas
– Predisposição genética
– Poluição
– Infecções como rubéola durante a gravidez
Prevenção – Na falta de causas comprovadamente capazes de provocar o autismo, a Associação Brasileira de Autismo recomenda às grávidas evitar ambientes com alto nível de poluição, exposição a produtos tóxicos e ingestão de bebida alcoólica, por exemplo. Outra recomendação é que as futuras mamães tomem a vacina contra rubéola para evitar essa doença infecciosa durante a gestação.
A AUMA – Associação dos Amigos da Criança Autistas mostra no dia a dia que se por um lado há pessoas com formas graves de autismo que não conseguem falar, por ou outro, não são poucos as que apresentam alto desempenho em algumas áreas do conhecimento, chegando à genialidade. Orienta ainda, que no geral não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências.