A atmosfera pesada do ambiente hospitalar passa longe da Beneficência Portuguesa de Santos que nos dois últimos anos vem investindo na humanização, envolvendo colaboradores, voluntários, pacientes e visitantes nos diferentes setores dos hospitais Santo Antônio e Santa Clara, mantidos pela instituição.
Sem contraindicação – Quando o inesperado adentra à sala de espera ou o apartamento de um paciente, ou mesmo os corredores, parece que até o ar que se respira fica diferente. Os olhares curiosos de repente são acompanhados de um sorriso, depois riso e até gargalhada diante do que se apresenta. E depois vem a constatação de que o inesperado provocou alteração no estado de ansiedade, de letargia, de dor e até de desânimo da pessoa que teve o espaço (sala, quarto, apartamento, enfermaria, etc…) invadidos, de acordo com os termos do PSH – Projeto Social de Humanização da Beneficência.
Passado o impacto da surpresa, a empatia e com isso, a primeira dose de alegria injetada pelo inesperado, nesse relato, a ONG Tchau Dodói, começa a fazer efeito e a contaminar todos à volta. Um olhar, um sorriso, um aceno de mão ou uma simples alteração do batimento cardíaco é suficiente para diagnosticar que a alegria faz bem à saúde e é isso que os integrantes da ONG promovem nos pacientes acamados ou em consultas e em seus familiares, bem como na esquipes multifuncionais da Beneficência.
Nas visitas mensais (último sábado do mês) que fazem aos pacientes internados (todas as alas) e na primeira terça-feira, no Serviço de Oncologia, conversando e interagindo com pacientes em atendimento na Quimioterapia e na Radioterapia, e com todos que encontram pelos inúmeros corredores, os palhaços de hospital encontram tempo para um “parabéns à você” àquela pessoa internada.
Em recente comemoração surpresa, os palhaços de hospital levaram consigo, o presidente da instituição, Ademir Pestana, também contagiado pela dose de humor, alegria e preocupação com bem-estar dos pacientes, para festejar duas pessoas internadas que fizeram aniversário no mesmo dia. Essa é uma das formas de mostrar que na Beneficência, você nunca estará sozinho.
(Fotos: Divulgação/SPB)
*O paciente internado pode não querer a visita e isso é respeitado pelos colaboradores do hospital destacados para acompanhar o agente ou agentes da ação.