Uma chuva de pétalas de rosas marcou a passagem do cortejo que à frente levava o corpo do médico *Alberto Pessôa de Souza para a última morada neste plano, o Cemitério de Areia Branca, onde foi sepultado às 16h. Diretores e colaboradores da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos, se reuniram na tarde desta segunda-feira, para o adeus ao oncologista que pertenceu ao quadro clínico da Instituição como profissional autônomo, durante anos.
Profissional dos mais exemplares, Alberto Pessôa de Souza (Pessôa com acento circunflexo, tal qual assinava a Sra. Maria Carmelita Pessôa de Souza), integrava o quadro associativo da Beneficência, desde 1976 e ao longo de sua vida se notabilizou pela humanização no tratamento dos pacientes, bem como na luta pelo respeito aos profissionais da saúde, ressaltando sempre que **“a tecnologia não pode tirar do profissional o que ele tem de mais importante: o idealismo e o respeito para com quem o procura em busca de uma luz, um diagnóstico e tratamento (quando isso é possível) e principalmente uma palavra de conforto, de carinho, de esperança para o alívio de suas dores”.
À passagem do cortejo pela pista do jardim principal da Beneficência (Av. Bernardino de Campos), o toque do sino chamava a atenção das pessoas (diretores e colaboradores) que, com pétalas de rosas e depois muitas palmas deram adeus ao médico que, no Serviço de Quimioterapia da Instituição, fez de seus pacientes, colegas e colaboradores, “amigos para além da vida”, como certa vez disse uma paciente, ao dele se despedir após consulta.
Identidade – Para o presidente da Beneficência Portuguesa, Ademir Pestana, o nome pelo qual era chamado o médico era sua verdadeira identidade: “O nome não poderia ser outro para identificar esse homem que se dedicou à profissão como um sacerdócio. Dr. Pessôa, era o que se pode chamar de pessoa impar, não apenas por sua dedicação aos pacientes na Beneficência e em outros hospitais, mas pelo trabalho de benemerência que desenvolveu em várias regiões carentes da Baixada Santista, notadamente em alguns bairros periféricos de Cubatão e São Vicente, especialmente nas décadas de 70 e 80. Fazendo jus ao nome, Dr. Pessôa sempre será lembrado pelo exemplo humanitário com o qual pautou sua vida profissional”. (Fotos: Divulgação/SPB)
* Dr. Pessoa faleceu, aos 81 anos, na tarde de domingo (01), vítima de uma parada cardíaca.
**trecho da entrevista do Dr. Alberto Pessôa de Souza, quando em 2009, foi homenageado dentro da programação comemorativa aos 150 anos de fundação da Sociedade Portuguesa de Beneficência.