Bandeira a meio mastro, um minuto de aplauso, a reverência ao Pelé, Rei do Futebol Mundial, que, de lenda viva, passa literalmente, à lenda eterna. No início da tarde desta terça-feira (3), essa foi a homenagem do Hospital Beneficência Portuguesa a Pelé, que de Santos (cidade) e do Santos (time de futebol que o revelou mundialmente) levou e elevou o nome do Brasil para o mundo .
Diretores e colaboradores do hospital, das sacadas, do jardim e da calçada, se despediram do cidadão Edson Arantes do Nascimento e reverenciaram Pelé, que de acordo com Ademir Pestana, presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência, “não foi simplesmente um jogador de futebol, mas o astro-rei de uma constelação na qual poucos se mantem iluminados”.
Até Zeus, deus grego dos céus, responsável por raios, trovões, nuvens e chuva, estava atento à passagem do cortejo que conduzia o Rei Pelé à última morada de Edson Arantes do Nascimento. Quando o séquito se aproximava do portão principal da Beneficência Portuguesa, na Av. Bernardino de Campos, 47, na Vila Belmiro, a mais famosa do mundo, pingos d’água se fizeram sentir. Mas, possivelmente, Zeus, sentindo que o povo não arredaria pé da reverência ao próprio Futebol que no momento passava no esquife sobre o carro de bombeiros, aqueles pingos de chuva brincando de lágrimas, cessaram de forma tão fortuita quanto iniciaram.
Enquanto as palmas ecoavam, lágrimas dissimuladas molhavam algumas faces, colaboradores da Beneficência Portuguesa, apaixonados ou não por futebol, torcedores do Santos F.C. e tantos outros times, fãs ou simplesmente sabedores da importância do homenageado para o esporte mundial, participavam do Adeus a Pelé que deixou esse plano passando à eternidade. (Noemi Macedo)
*Edson Arantes do Nascimento(Pelé) – 23 de outubro de 1940 – 29 de dezembro de 2022