A generosidade, uma das características dos sagitarianos faz parte do cotidiano da protagonista do Xô estresse!!! desta sexta-feira (04). Ela valoriza muito a companhia das pessoas, por isso gosta de reunir familiares e amigos à sua volta, principalmente para celebrar a vida. Sua generosidade também chega aos sentimentos. Ama de coração aberto, oferece o abraço a quem precisa.
Estamos falando da contadora e contabilista Roseli Mariano Padron queentrou na Beneficência há 11 anos para preencher uma vaga de técnico em contabilidade e atualmente trabalha no estoque da Farmácia do hospital.
Rose, como é chamada desde tenra idade, diz que não imaginou algum dia, viver momento tão cruciante como o provocado pela pandemia da covid-19. Medo foi o sentimento mais forte e apavorante que sentiu nos últimos meses e sua maior preocupação é com sua família, em especial os dois irmãos (um casal) com quem reside, principalmente porque a exemplo dela, fazem parte do grupo de risco, mas com um agravante, embora controladas, têm comorbidades.
Diante desse quadro era de se esperar que o estresse se fizesse presente no dia a dia da Rose, principalmente porque a grande família, irmãos, primos e tios, sempre se reuniam, no mínimo uma vez ao mês nos almoços prolongados de domingo em sua residência, ocasião em que ela, a protagonista, exercitava seu hobby, a culinária. Deu para descobrir como Rose desestressa? Se você respondeu: cozinhando, errou.
É ela quem nos dá a resposta.
“Fazendo as pessoas felizes”
Nossa protagonista entende que comer vai além da necessidade. É fonte de prazer e consequentemente de felicidade. Afinal, muitos momentos que passava com a família e amigos se davam ao redor de uma mesa, com uma grande variedade de pratos das cozinhas nacional e internacional, caprichosamente preparados por ela. Além disso era normal que a maioria dos participantes do convescote familiar marcasse presença levando uma iguaria. Não tinha como não esticar a prosa. Sem esse contato direto o clã criou um grupo de WhatsApp familiar para amenizar a saudade e manter a conversa em dia.
Sem os familiares em volta da mesa, perguntamos o que ela faz para deixar as pessoas felizes e como isso desestressa.
“Os primeiros meses da pandemia foram muito tensos e a preocupação com os meus irmãos me fez adotar uma severa rotina baseada nas orientações que recebemos no hospital. Para não ficar pior porque em virtude de férias e afastamento passei um bom tempo longe do hospital e sem a visita de familiares me dediquei a colocar a casa em ordem, fazendo de tudo, de marcenaria à pintura. Mesmo com a ocupação meu estresse só crescia, afinal faltava o mais importante, o contato com familiares e amigos.
Nossos momentos alegres foram interrompidos pela pandemia e como não sabemos quando retornaremos à normalidade de nossas vidas, mais que nunca me transformo em master chef não apenas para cozinhar, mas para fazer feliz aqueles que amo. O prazer de estar com pessoas queridas, se adequou ao momento de distanciamento necessário em que vivemos e adotei a prática de uma de minhas primas que aciona o serviço de motoboy para promovermos a troca de pratos. É sempre uma deliciosa surpresa. Afinal, fazer as pessoas felizes é um agradecimento à vida”
Todos que com ela convivem, garantem que Rose é uma excelente master chef. Adoram seus pratos, de um simples frango assado a uma iguaria internacional, até fatia húngara e pratos japoneses. Mas o simples não é tão simples assim. O frango assado por exemplo é temperado com vinho e cravo, mas parece que o preferido da grande família é o joelho de porco assado com batata e molho shoyu e mel, acompanhado de bacon frito com repolho. Nada mais alemão que esse prato, que segundo ela fica macio e com sabor agridoce. Tem colegas na Beneficência que conhecem seus dotes culinários e um deles, vem cobrando uma de suas especialidades: caranguejo com molho de cebola e pimentão.
“De família numerosa, irmãos, tios e primos adoidado” como diz Rose, se acostumou a cozinhar em grandes quantidades. Agora, ainda sem os almoços em família, divide com uma vizinha, na realidade, uma felizarda, os pratos por ela produzidos. Aproveite vizinha, porque quando a pandemia acabar, Rose vai ‘pegar’ os irmãos e o Robinho, um travesso cãozinho de cerca de 10 meses que chegou à casa da família amenizando os efeitos da pandemia, e vai viajar.
Para Rose Padron a maior lição que tira dessa pandemia e a valorização da vida. É dar valor às pequenas coisas porque são elas que constroem grandes tesouros: a família e as amizades. Ela gosta de ler no celular e faz isso durante a pausa no trabalho, no seu cantinho preferido do hospital, possivelmente o mais improvável para a maioria, o saguão de acesso ao elevador que liga os hospitais Santo Antônio e Santa Clara. No local, apenas um banco, um vaso com planta e gente passando o tempo inteiro. Ah, tem uma vidraça de onde se avista as árvores de um dos jardins internos “tudo leva ao relax”. Mas, e as pessoas, colegas de trabalho, visitantes, colaboradores empurrando macas com pacientes entrando e saindo do elevador? “Isso é só um detalhe”.
Para finalizar, Rose explica o passo a passo para o joelho de porco com molho agridoce:
Ingredientes
3 joelhos de porco cortados em dois ou três pedaços se forem grandes
2 células médias inteiras
2 copos 200 ml de vinho tinto
10 cravos da índia
1 cabeça de olho
Azeite
5 colheres de sopa de Mel
1 xicara cheia de Shoyu
Pimenta do reino
Sal
Azeite
20 batatas pequenas redondinhas
Água o quanto baste para cobrir os joelhos
Preparo
Amarrar os joelhos para que não desmanchem e colocar para marinar no vinho com 3 cabeças de alho amassadas…sal, pimenta do reino e ervas aromáticas a gosto; deixar de um dia para outro na geladeira.
Colocar tudo na panela de pressão inclusive a marinada, pegar as duas cebolas inteiras sem casca e espetar 5 cravos em cada uma e colocar dentro da panela, *completar com água até cobrir os joelhos e levar ao fogo por 1 hora após começar a pressão.
Após tirar com cuidado da panela, esperar esfriar para não se queimar…cortar o barbante, passar pelo molho de shoyu com mel e ir colocando um do lado do outro em uma assadeira.
Pegar as batatas que devem ter passado por um cozimento ao dente e besuntar no molho de shoyu e mel e jogar por cima dos joelhos; se sobrar molho pode jogar por cima com um pouco de azeite….colocar papel alumínio e deixar por 1 hora no forno a 200° …após tirar o alumínio, deixar mais uns 20 minutos no forno.
Enquanto o joelho estiver cozinhando, aproveite para picar o repolho e cozinhar em água e sal a gosto…após seu cozimento refogar no alho com bacon frito e depois de pronto fritar umas tiras de bacon e jogar por cima para enfeitar.
Após é só se deliciar…serve com arroz branco e uma boa dúzia de latinhas de cerveja.
(A quantidade de joelho depende do número de pessoas. Rose utiliza um joelho para duas pessoas)
*Atenção aos que pouco conhecem o caminho até o fogão. Quando ela explica: completar com água até cobrir os joelhos e levar ao fogo por 1 hora após começar a pressão, está se referindo aos joelhos do porco.
1 Comment
Essa é minha prima! Sempre atenciosa, brincalhona e cozinha muito bem!
O que dizer da Rose? Simplesmente uma pessoa adorável! Quanto a prática de usar o motoboy para troca de quitutes, conheço bem! rsrsrs
Te amo Roseeeeee!