A cozinha sempre foi o coração de uma casa e nos últimos tempos já virou sala de visitas, onde, enquanto a refeição é preparada a conversa rola solta. Para quem gosta de cozinhar é uma excelente oportunidade de aproveitar a companhia de familiares e amigos por muito mais tempo. É, comprovadamente, além de lazer, uma terapia
Para quem gosta de inventar pratos, experimentar combinações inusitadas, esse tipo de reunião na cozinha é perfeito, afinal não há momento mais prazeroso que apresentar e servir, uma iguaria nova, com mixes de texturas diferentes, que nunca dantes foram combinadas.
Mais que servir, a expectativa pelas reações é um misto de tenso prazer, portanto um estresse saudável que faz qualquer outro tipo de tensão, inclusive, a provocada pela pandemia do novo coronavírus, diluir como a fumaça da fumegante panela que aquece o gostoso ambiente da cozinha. Que o diga Simoni de Souza Pellini, coordenadora do SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente e presidente reeleita da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), da Beneficência Portuguesa.
“Reinventar uma lasanha…Ô delícia”
Dizem que o estresse é comum às pessoas que trabalham com o público. Imaginem então o grau desse desgaste físico e emocional que acomete aqueles que trabalham no SAC de qualquer empresa. É cruel.
Simoni, pessoa das mais solícitas, que ingressou na Beneficência como estagiária, hoje com experiência nos mais diferentes setores do hospital, adora cozinhar, principalmente nos fins de semana, sem pressa, testando receitas novas e inventando iguarias. Pedagoga e formada em Hotelaria, Simoni que se considera filha da Beneficência Portuguesa, “isso mesmo, filha, por que ela (Beneficência) me abriu os braços, educou e alicerçou minha formação num aprendizado constante” – diz a protagonista do “Xô estresse” de hoje, que arremata “ler e cozinhar são minhas armas contra o estresse”.
“Cada um tem um jeito de desestressar. Eu gosto de ler, mas cozinhar, inventar receitas, misturar ingredientes, é a melhor forma para se livrar da tensão. Não importa como tenha sido o dia de trabalho, chego em casa à noite, preparo o jantar. Mas é no fim de semana que eu me realizo, por que tenho tempo de sobra para meus inventos culinários.
Como boa mineira adoro comida bem temperada, por isso capricho na feijoada, no churrasco, pratos tradicionais que pedem tempo e atenção. Cada pessoa busca uma forma de eliminar o estresse e a minha é essa. Esqueço de tudo, principalmente quando me dedico a reinventar um prato, uma massa por exemplo.
Criar novos recheios para lasanha e perceber a satisfação de quem a experimenta, não tem estresse que suplante o bem estar que isso causa. Na segunda-feira, após meu momento (fim de semana) de criação e realização na cozinha, volto à Beneficência cheia de gratidão por tudo que ela, minha segunda casa, me ensina. Não há estresse que resista”.
*Simoni Pellini, coordenadora do SAC da Beneficência Portuguesa de Santos, nos últimos dias, se livra do estresse, cozinhando e lendo “O jeito Disney de encantar clientes”.