A diretoria da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos participou do 1º Comitê Metropolitano de Saúde – Comsaúde, iniciativa do Grupo A Tribuna e de um grupo de empresários da região, realizado recentemente em Santos. O objetivo do evento de discutir a gestão da saúde, segundo os diretores da Beneficência foi alcançado porque as palestras e debates abordaram temas relacionados à gestão da saúde, organizações sociais na administração de hospitais, modelo de parceria público-privada, empreendedorismo, fusões e aquisições no mercado de saúde.
Para o presidente Ademir Pestana, o 1º Comsaúde foi importante pelo envolvimento dos mais diferentes segmentos relacionados à Saúde: “Trazer para uma análise a gestão hospitalar, buscando exemplo em outros países cuja prática tem sido bem-sucedida, foi muito positivo, especialmente porque envolveu gestores de diferentes realidades da área da Saúde. O intercâmbio entre hospitais e gestores discutindo diferentes modelos de gestão foi interessante para repensarmos a vantagem da união através de parcerias entre hospitais, principalmente para a redução de custos”.
O diretor financeiro Carlos Alberto Limas, considerou o evento esclarecedor, pois apontou a necessidade de um modelo de gestão envolvendo novas tecnologias e a preocupação com a abrangência da formação profissional dos médicos.
“O evento foi esclarecedor, especialmente no tocante ao empreendedorismo e à nova mentalidade na gestão da saúde na Baixada Santista. A preocupação maior de todos os envolvidos é com relação ao alto custo que impacta a aquisição de novas tecnologias, necessárias para ampliar o atendimento médico-hospitalar e atender às expectativas dos profissionais e dos pacientes. O Comsaúde também mostrou a preocupação para com a formação dos novos profissionais da Medicina que necessita um alinhamento ao advento das novas tecnologias envolvendo sistemas e diagnósticos”.
Diretor Técnico da instituição, o clínico geral Mario da Costa Cardoso Filho, do alto de seus 40 anos de experiência na profissão, considerou o 1º Comsaúde como uma sinalização do caminho a seguir pelos diferentes segmentos da Saúde. Foi o início da necessária “sacudida” no setor.
“Me sinto orgulhoso por ter acreditado desde o início nesse projeto do Grupo A Tribuna. A Beneficência Portuguesa foi uma das convidadas a discutir os problemas urgentes da Saúde e ao longo do processo, percebemos, que aquilo que parecia estar acomodado devido a insensibilidade dos governos, precisava apenas de um empurrão. O Comsaúde foi o empurrão que precisávamos para iniciar de forma organizada, a discussão sobre os caminhos que o setor precisa tomar para não chegarmos ao caos. E esse caminho só pode ser encontrado com a união de todos, principalmente do Governo, pois todos sabem que saúde não tem preço mas tem um custo alto que precisa ser respeitado e equacionado na situação do País. O Governo Federal precisa, urgentemente, repensar com mais senso de justiça a questão de repasses relacionados à saúde, ao nosso ver, nesse momento, muito mais prioritário que o pagamento da dívida externa”.
Os painéis e palestras do Comsaúde, segundo a diretora Maria de Lourdes Santos foram mais que oportunos porque o setor da saúde é a prioridade entre as prioridades do País.
“Foi muito oportuno porque hospitais, médicos e operadoras debateram o tema saúde de forma ampla e, mesmo longe de uma solução, principalmente porque envolve custos, deram o ponta pé inicial à discussão tão necessária e tantas vezes deixada de lado. O debate tem que continuar, mesmo à exaustão porque saúde é prioridade, tem um custo altíssimo, mas é preciso ser preservada e isso só será possível com a união dos envolvidos”.