Santos, 24 de dezembro de 2013
Sobre editorial de A Tribuna
O editorial de A Tribuna, edição de quarta-feira (24), explicita a opinião do jornal sobre um momento da Sociedade Portuguesa de Beneficência que nos leva a uma série de considerações, especialmente por se tratar da visão de um veículo de comunicação tão centenário quanto a nossa instituição.
Assim como a Sociedade Portuguesa de Beneficência, o Jornal A Tribuna também é uma instituição secular de nossa Cidade e ambas têm prestado relevantes serviços a toda coletividade. Dispendioso enumerar neste pequeno espaço, os enormes e magníficos feitos prestados, cada qual em sua área, para o avanço e consolidação na Medicina e nas Comunicações.
Há que se respeitar, contudo as especificidades e, por que não dizer dificuldades, de cada uma dessas entidades, que já se consolidaram como patrimônio dos santistas e de todos da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Crises existem em todas as corporações. Privadas, filantrópicas, estatais. São inegáveis. E na Sociedade Portuguesa de Beneficência sua direção não permite que elas (crises) passem ao largo. São administradas visando a expansão e não a limitação. Se alguns setores têm suas atividades interrompidas temporariamente é que se apresentam como necessárias para sua readequação.
As crises na Sociedade Portuguesa de Beneficência, ao longo dos anos, têm sido enfrentadas de modo claro e transparente. Se há problemas, são debatidos e trabalhados em busca de solução como faz toda e qualquer empresa e que torna os fatos transparentes e que podem ser acompanhados por toda a sociedade através da publicação de seu balanço, sempre fiel à realidade. Também, através de satisfações aos governos do Município, Estado e União, aos quais apresentamos todos os pormenores da instituição, nos habilitando a participar de eventuais programas sociais de abrangência na área da saúde, bem como na manutenção da filantropia, rigorosamente fiscalizada por comissão específica, altamente qualificada do Ministério da Saúde e na feitura da contratualização para atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Sociedade Portuguesa de Beneficência, como bem coloca A Tribuna em seu editorial, tal qual os demais hospitais filantrópicos da região e dos grandes hospitais filantrópicos do País sofre com: “baixa e insuficiente remuneração do Sistema Único de Saúde, atrasos dos planos de saúde, custos cada vez maiores, falta de apoio e financiamento público”.
Sua diretoria ciente disso busca as alternativas propostas pelas esferas governamentais; na federal trabalhando para o enquadramento da entidade na remissão de dívidas tributárias proposta pela presidente Dilma; na estadual, lutando para corrigir lapso do programa “Pró Santa Casa” que cria um custeio extra para contemplar as deficiências de remuneração do SUS, que incluiu dois hospitais da região e não incluiu a Beneficência, segundo hospital em alta complexidade da região, e a nível municipal, participando da contratualização e programas eventuais patrocinados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Pela credibilidade que a instituição goza junto aos diversos setores teve recentemente, a aprovação da Residência Médica por parte do Governo Federal (Ministério da Saúde), situação até então inexistente no complexo hospitalar. A credibilidade também resultou em investimentos para aquisições e inaugurações mais recentes, como o novo Tomógrafo cardíaco e a CTI Cardiológica, equipamentos que exigem aplicações vultosas e readequação de parte da estrutura do Hospital.
A gestão de recursos humanos na Beneficência Portuguesa é complexa como em qualquer empresa do mesmo porte. Ressaltamos que as questões pontuais na instituição são administradas de acordo com a disponibilidade e possiblidades, considerando sempre os anseios da coletividade.
A Sociedade Portuguesa de Beneficência está mobilizada pela manutenção deste que é um importante patrimônio da Cidade e da Região Metropolitana da Baixada Santista.
A Diretoria